hiperidrose, também conhecida como “suor excessivo”, pode ser definida como a sudorese que ultrapassa a necessidade de controle da temperatura corporal. É o excesso desagradável de suor, em uma ou várias partes do corpo, afetando principalmente a região das axilas, face, couro cabeludo, mãos e pés.
Existem diversas causas para hiperidrose, porém a mais comum é uma condição benigna, chamada hiperidrose primária. Esse tipo de hiperprodução de suor não possui uma causa específica e é estimulada pela emoção ou estresse intenso, não havendo necessidade de investigações médicas adicionais.
Outra causa comum são os “suores da menopausa”, quando muitas mulheres se queixam de aumento da sudorese, principalmente no couro cabeludo, durante as ondas de calor. Em casos mais raros, pode se associar a síndromes genéticas e outras causas hormonais e metabólicas que devem ser pesquisadas.
A hiperidrose pode gerar intenso impacto na qualidade de vida de alguns de seus portadores, causando constrangimento no uso de roupas coloridas ou até mesmo prejuízo no trabalho, quando o suor é nas mãos, por exemplo.
Muitas vezes os tratamentos tópicos, com cremes e soluções manipuladas ou até mesmo orais não são suficientes. A aplicação da toxina se constitui em um tratamento eficaz e evita a necessidade de cirurgias mais agressivas (como as neurológicas, por exemplo). As cirurgias podem deixar sequelas e têm recuperação muito mais lenta.
Como identificar a Hiperidrose?
A sudorese está diretamente ligada ao controle da temperatura corporal. Estímulos emocionais ou uma maior sensibilidade dos centros reguladores de temperatura podem desencadear o processo.
A hipersecreção das glândulas écrinas é a principal causa das alterações observadas. Existem de 2 a 5 milhões de glândulas écrinas distribuídas por todo o corpo e elas têm importante papel na termorregulação.
Atividades físicas, calor e nervosismo são situações em que a sudorese pode aparecer, por exemplo. Mas acontece que a hiperidrose (sudorese excessiva) surge independentemente dessas situações e até mesmo quando estamos em repouso, aparecendo por todo o corpo ou em áreas específicas, como palma das mãos, axilas, cabeça, planta dos pés, virilha e rosto.
TIPOS DE HIPERIDROSE
Primária
Pode ter origem emocional e, nesse caso, os sintomas desaparecem durante o sono. O suor excessivo começa a aparecer na infância ou adolescência, geralmente nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto. Normalmente, sua causa é genética, já que cerca de 30% a 50% dos pacientes que sofrem com a sudorese excessiva possuem um parente de primeiro grau, como pai ou mãe, com o mesmo problema. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), esse tipo de hiperidrose afeta de 2% a 3% da população, mas menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico.
Secundária
É adquirida ao longo da vida em decorrência de outros fatores, como distúrbios hormonais, doenças neurológicas e efeitos colaterais de medicamentos. Ao contrário da primária, as pessoas com hiperidrose secundária suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns e podem transpirar excessivamente também durante o sono.
TRATAMENTOS PARA HIPERIDROSE
A hiperidrose não é grave e geralmente pode ser resolvida com tratamentos tópicos ou procedimentos que variam de acordo com o tipo e o grau de sudorese da pessoa, devendo ser indicados por um médico:
Toxina para tratar Hiperidrose
Além do conhecido uso dermatológico da toxina no tratamento de rugas para rejuvenescimento, também oferece uma excelente opção de tratamento para os pacientes que apresentam quadro de hiperidrose. Na hiperidrose axilar, a toxina é aplicada através de injeções subcutâneas nas axilas, com intervalos de cerca de 1,5 a 2,0 cm entre cada aplicação, na área onde a sudorese é mais intensa. O efeito máximo ocorre em cerca de 2 semanas e o tratamento apresenta boa eficácia, com interrupção da sudorese na área tratada, e a duração varia de oito a dez meses.
O mesmo procedimento pode ser feito em regiões como palmas, plantas, virilhas e outras. Geralmente utiliza-se anestesia tópica (em creme) ou anestesia local (bloqueio anestésico).
Antitranspirantes
Ajudam a reduzir a produção de suor e odor corporal. Os sais de alumínio – ingredientes ativos dos desodorantes antitranspirantes – se dissolvem na superfície da pele formando uma película protetora em forma de gel. Essa camada permanece sobre a pele temporariamente e reduz a quantidade de suor liberada pelo corpo. Eles são uma das maneiras mais eficazes de controlar a transpiração excessiva.
Medicamentos
Há remédios de uso oral que ajudam a impedir a estimulação das glândulas sudoríparas. Mas são pouco receitados, pois apresentam efeitos colaterais, como diminuição da quantidade de lágrima, urina, saliva, entre outros.
Iontoforese
Otratamento, pouco usado hoje em dia, recorre à eletricidade para desativar temporariamente a glândula do suor, e é mais eficaz para a transpiração nas mãos e nos pés.
Laser
A técnica usa a energia luminosa para reduzir o tamanho da glândula e, consequentemente, a sudorese.
Simpatectomia
Cirurgia realizada apenas em casos graves, que não respondem aos tratamentos clínicos. O procedimento corta ou pinça o nervo que transmite o estímulo à glândula sudorípara. Um dos efeitos colaterais do procedimento é a hiperidrose compensatória, que provoca mais suor em outras áreas do corpo.
COMO É O TRATAMENTO PARA HIPERIDROSE?
O procedimento é simples, seguro e o paciente pode retornar às suas atividades de trabalho no mesmo dia. É realizado em consultório pelo dermatologista, com anestesia tópica (em creme) ou com auxílio de gelo. O tratamento com a toxina não é definitivo, mas as reaplicações podem ser feitas, em média, a cada seis ou doze meses, dependendo da intensidade de cada caso.
As regiões que podem ser tratadas são:
- Couro cabeludo;
- Axilas;
- Mãos e pés;
- Região genital.
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